quarta-feira, 27 de abril de 2011

A Escola Metódica, dita “positivista”



FICHAMENTO DE TEXTO:  A Escola Metódica, dita “positivista”

REIS, José Carlos. A HISTÓRIA: entre a filosofia e a ciência. Ática – São Paulo, 1999.

CAPÍTULO I – A Escola metódica, dita "positivista”

  1. A Alemanha produziu a filosofia da história e seu antídoto:
  • Hegel – representante da filosofia da história
  • Ranke – representante da história científica
1.1   A partir do século XIX, que se desenvolveu a crítica histórica, utilizando o método erudito criado pelos franceses nos séculos XVI e XVII.
  1. L. Von Ranke se interessava pela “originalidade” de um povo de um indivíduo, pela psicologia individual dos grandes homens políticos.
2.1  Era um conservador:
  • Nacionalista, interessava-se especialmente pelas questões dos Estados e defendia as posições da nobreza alemã;
  • Protestante, considerava que “cada povo é imediato de Deus”.
2.2  Filosoficamente, considerava que a história era conduzida pelas idéias e que o historiador deveria descobrir as forças espirituais de que a história era a realização.
2.3  Para Ranke, a história era o reino do Espírito, feita de individualidades, cada uma, dotada de estrutura interna e sentido único.
2.4  O historiador deve se concentrar nos eventos, expressões dessas individualidades aprendidas através das fontes.
2.5   Há uma ligação entre as individualidades particulares e individualidades coletivas.
2.6   A função do historiador seria a de recuperar os eventos, suas interconexões e suas tendências através da documentação e fazer-lhes a narrativa.
2.7  A história se limitaria a documentos escritos e oficiais de eventos políticos.
3     Pressuposto do positivismo de Ranke:
  • A história científica é produzida por um sujeito que se neutraliza enquanto sujeito;
  • Os fatos falam por si e o que pensa o historiador a seu respeito é irrelevante;
  • Os fatos existem objetivamente e devem aparecer tais como são;
  • Passivo, o sujeito é recipiente, isento, imparcial;
3.1 Os fatos narráveis eram eventos políticos, administrativos, diplomáticos, religiosos, considerados o centro do processo histórico.
3.2 O passado era desvinculado do presente.
3.3 A escola científica alemã era resistente ao socialismo e recusava a crítica social como função legítima do historiador.
3.4 A Alemanha foi o primeiro centro de erudição e serviu de modelo aos outros.
3.5 A França foi o segundo país onde a história erudita se instalou.
4     Os positivistas franceses praticavam os mesmos princípios defendidos por Hanke, mas traduzidos para o espírito Frances.
4.1 Não é o espírito que produz a história, mas o povo-nação e os seus líderes instalados no Estado.
4.2 O iluminismo que sustentará esta historiografia será aquela evolucionista, progressista, gradualista, anti-revolucionária.
4.3  O Estado-Nação e seus líderes, para os iluministas, são esclarecidos – ação intencional e racional.
4.4  O tempo da historiografia francesa positivista é progressivo, linear, evolutivo em direção à sociedade moral, igual, fraterna. Negação do fundo filosófico.
4.5  Manual de Langlois e Seignobos divulga a método alemão na França.
4.6 Este manual definirá o espírito que anima a pesquisa histórica de então: o espírito positivo, antimetafísico.
4.7 O método histórico possui três momentos principais:
  • A heurística, a pesquisa dos documentos, sua localização;
  • As operações analíticas: as críticas internas e externas;
  • E as operações sintéticas: a construção histórica, o agrupamento dos fatos, a exposição, a escrita histórica.
4.8 Pode-se qualificar como traços do “espírito positivo” dessa obra: o apego ao documento, o apego obsessivo em separar o falso do verdadeiro; o medo de se enganar sobre as fontes; a dúvida metódica; o culto do fato histórico.
4.9 O espírito positivo vai se concretizar na obra de grandes historiadores como Fustel de Coulanges, Taine, Renan. Que são historiadores menos intuitivos do que a escola romântica, porem mais seguros, mais especialistas do método crítico.
5     Fustel de Coulanges, considerado o primeiro dos historiadores franceses a realizar uma obra histórica plenamente científica.
5.1 Dizia-se seguidor de Descartes: só acreditava no desmonstrado e documentado.
5.2 Era um racionalista cultivador da dúvida metódica. Recusava a prevalência de predecessores e autoridades sobre os documentos e o método crítico.
5.3 A escola metódica reage à história arte-intuição e Futsel é o exemplo maior desta mudança.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Feliz Páscoa!!




A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais. Páscoa, (do hebraico Pessach significando passagem) é um evento religioso cristão normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da Cristandade. A origem desta comemoração remonta muitos séculos atrás.

Segundo a tradição judaica, a Páscoa, entre os Judeus tem um significado muito importante, pois marca o êxodo deste povo do Egito, por volta de 1250 a.C, onde foram aprisionados pelos faraós durantes vários anos. Esta história encontra-se no Velho Testamento da Bíblia, no livro Êxodo. A Páscoa Judaica também está relacionada com a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde liderados por Moises, fugiram do Egito.

A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu por três dias, até sua ressurreição. É o dia santo mais importante da religião cristã. Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera.

No ocidente a Páscoa tem os mesmos sentidos para muitos, mas as comemorações giram em torno da Páscoa segundo a crença cristã. A figura mais relacionada à esta data está associada ao coelho, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.  

Essa representação através do coelho, tanto no significado judeu quanto no cristão, está relacionada com a esperança de uma vida nova. Já os ovos de Páscoa (de chocolate, enfeites, jóias), também estão neste contexto da fertilidade e da vida.  A figura do coelho da Páscoa foi trazido para a América pelos imigrantes alemães, entre o final do século XVII e início do XVIII.

A Páscoa é uma data especial, seja qual for a comemoração, ela serve para trazer de volta a unidade da família, assim como no Natal, devemos comemorá-la com a família, celebrar a oportunidade da paz e felicidade que os bons momentos nos proporcionam.