sábado, 11 de junho de 2011

Dia dos Namorados

O dia dos namorados é, sem dúvidas, uma data pra lá de especial para muitos e muitos casais por todo o Brasil, pois é um dia especialmente dedicado à eles, quer seja namorados ou  mesmo casados vivendo um eterno namoro. Portanto, é importantíssimo mandar bem no dia dos namorados com seu parceiro ou parceira. Deixo aqui uma singela homenagem aos enamorados:



“Hoje ao pensar em você,
descobri que sem a sua companhia
minha vida fica incompleta,
e que todas as minhas alegrias,
tornaram-se falsas.
Descobri que em seus olhos
estão todas as minhas esperanças.
Em suas mãos,
está a minha segurança.
Em seu abraço,
está o meu equilíbrio.
Em seu beijo,
está o meu conforto.
Em seu corpo,
está o meu alimento para a vida.
O dia foi passando e fui descobrindo,
que em você encontro tudo…
Sinto falta de mim,
falta sempre alguma coisa
que só encontro quando estou com você.
Você é a metade que eu necessito,
é a minha verdade de amar,
é o meu caminhar na direção certa,
é a minha felicidade realizada,
é a minha vida maravilhosamente vivida…
Hoje ao pensar em você,
descobri que TE AMO!”


12 de Junho, Dia dos Namorados


Existem diferentes versões sobre a origem do dia dos namorados. É bem provável que a festa dos namorados tenha sua origem em um festejo romano: a Lupercália.

Em Roma, lobos vagavam próximos às casas e um dos deuses do povo romano, Lupercus, era invocado para manter os lobos distantes. Por essa razão, era oferecido um festival em honra a Lupercus, no dia 15 de fevereiro.

Nesse festival, era costume colocar os nomes das meninas romanas escritos em pedaços de papel, que eram colocados em frascos. Cada rapaz escolhia o seu papel e a menina escolhida deveria ser sua namorada naquele ano todo.

O dia da festa se transformou no dia dos namorados - nos Estados Unidos Valentine´s day -, em homenagem ao Padre Valentine. Ele tinha sido padre em Roma, numa época em que o então imperador Claudius II ordenou que os soldados romanos não casassem. Ele achava que, uma vez casados, seus soldados não iriam querer lutar, preferindo ficar em casa com suas esposas.

O padre Valentine foi contra a ordem dada por Claudius e casou muitos jovens secretamente. Foi preso e morto no dia 14 de fevereiro, tornando-se santo, após sua morte. Quando Roma se converteu ao cristianismo, os padres mudaram o feriado de Lupercália, no dia 15, para o dia 14 de fevereiro, Valentine´s Day, em homenagem ao padre.

O Dia dos Namorados brasileiro foi inspirado nessa tradição européia que, posteriormente, se espalhou por todo o Hemisfério Norte, como a comemoração do Dia de São Valentim, o padroeiro dos namorados.

No Brasil, o Dia dos Namorados começou a ser celebrado em 1949. A idéia de trazer a data para o País foi do publicitário João Dória, cuja agência cuidava da loja Exposição Clíper, tendo o objetivo de alavancar as vendas internas ofereceu aos comerciantes brasileiros o lançamento do dia dos namorados. Assim, a data que já existia nos Estados Unidos e Europa foi importada para o Brasil.  A diferença, porém, é que a data foi transferida para junho, um mês de fraco movimento no comércio, exatamente para estimular as vendas. O dia 12 de junho foi escolhido por ser véspera do dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro. 

A data que já é comemorada no mundo há séculos funciona como um culto ao amor e uma renovação aos corações apaixonados. Neste dia milhares de casais de namorados, casados e até os solteiros se reunem para compartilhar de seu romantismo, cumplicidades e reforçar laços de amizades. Realmente é uma data muito importante. Muitos iniciam um relacionamento neste dia, em razão de revelações apaixonantes e cheias de sentimentos bons.  

É o momento de expressar com maior ênfase a paixão que sentem um pelo outro, a afetividade e o amor, como forma de agradecer o companheirismo e a dedicação entre ambos, de mandar flores, cestas de café da manhã, uma cesta de happy hour para degustarem juntos, mensagens por telefone, serenatas, fazer uma pequena viagem, passar um dia em uma casa de relaxamento (SPA), dentre outras.  É, também, o momento de comprar presentinhos, pensar no jantar romantico, dizer o quanto está envolvido e criar situações para sair da rotina.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O governo da Bahia e o sucateamento das universidades públicas

Por *Profº Reginaldo de Souza Silva


          Mais de 60 mil alunos estão sem aulas há 55 dias devido a greve dos 5.000 professores de todas as universidades estaduais da Bahia (Feira de Santana – UEFS, Sudoeste da Bahia – UESB, Santa Cruz – UESC e Estado da Bahia – UNEB). A greve foi decretada após mais de um ano de negociações da pauta salarial quando, no ato de assinatura do acordo, o governo da Bahia incluiu a denominada “clausula da mordaça”, que impede aos docentes reivindicarem aumento de salário até 2015. Esse fato foi agravado com a publicação do decreto 12.583, de fevereiro de 2011, que contingência as verbas das universidades e inviabiliza a autonomia universitária. 
          O referido decreto, ao mesmo tempo em que viola a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o Estatuto do Magistério do Estado da Bahia, elimina as condições fundamentais para o exercício do trabalho dos professores. Podemos citar como exemplos a suspensão da concessão do regime de dedicação exclusiva, do afastamento para cursos de mestrado e doutorado, do direito à promoção e progressão de carreira além de inviabilizar a manutenção de atividades diárias das IES.
          A greve dos docentes (e também dos discentes de duas universidades) é apenas a ponta do iceberg do caos na educação baiana. Dados relativos ao número de professores sem diploma de educação superior, ou em desvio de função na rede de educação básica, do sucateamento das escolas, do baixo número de vagas na educação superior (5,6%, quando o Plano Nacional de Educação da ultima década 2001/2010 previa 30% da população de 18 a 24 anos na educação superior), os indicadores do IDEB e as dívidas de 683,9 milhões do governo do Estado com o repasse do FUNDEB aos municípios, são alguns exemplos do caos educacional da Bahia.
          Hoje, temos mais de 60 mil alunos matriculados na Uneb, Uesc, Uesb e Uefs (nas quatro instituições federais são apenas 23,2 mil) e muita gente fica de fora, diante da acirrada disputa por vagas nos vestibulares. Para termos uma idéia, em 2008, apenas 0,6% dos baianos (1,4% dos brasileiros e 0,8% dos nordestinos) cursavam uma universidade. O que fazer? Virar as costas? Não existe na Bahia um projeto de educação!
          As Universidades pedem socorro! Professores e funcionários estão abandonando a carreira ou seguem para outras instituições de ensino superior. Os funcionários estão desmotivados já que permanecem estagnados por causa de um plano de carreira defasado em relação aos seus direitos trabalhista. Enquanto isso, na educação básica faltam candidatos para lecionar várias disciplinas.  É esse um sinal do desmonte da educação? Avante Educação para trás?
          A realidade econômica aponta a Bahia como o 7º PIB do ranking nacional e 1º da região norte/nordeste! Entretanto, hoje os professores das universidades recebem o segundo pior salário da região, ficando atrás apenas do Maranhão. O salário-base de um professor-auxiliar, que tem como requisito apenas a especialização, é de R$ 736 por 20 horas semanais. Já o de um professor-adjunto, com doutorado, é de R$ 1.004,63. Será que não há recursos para a educação porque agora ele está destinado exclusivamente para o agronegócio, os portos e o evento esportivo de 2014? Quando a educação Pública no Estado da Bahia será prioridade?
          Para que a greve seja suspensa são duas as propostas da categoria docente: a primeira, relativa ao Termo de Acordo Salarial de 2010, refere-se a incorporação ao salário das Condições Especiais de Trabalho – CET no período de 2011 a 2014, concluindo as negociações sobre a mesma sem prejuízo de reajuste geral anual dos servidores estaduais; e a segunda, relativa a publicação da alteração do Decreto 12.583/11, para que suas medidas não sejam aplicadas na execução orçamentária, financeira e contábil das Universidades.
          Onde está o impasse? Na intransigência do Governador Jaques Wagner (ironicamente eleito pelo partido que se diz dos trabalhadores) que tenta amordaçar os docentes impedindo-os de reivindicarem aumento salarial até 2015, continuando a sua série histórica de violação da autonomia universitária. Desde que assumiu o governo, tenta jogar reitor conta reitor, universidade contra universidade e, como forma de pressionar os professores e acabar com o movimento, cortou os salários não pagando, sequer, os dias trabalhados. Ainda por cima, mesmo com a decisão da justiça que obrigou ao governo a pagar os salários, não cumpriu a medida judicial, afrontando gravemente mais um dos três poderes que sustentam a democracia brasileira.
          O governo da Bahia, que vive de propaganda, vem divulgando informações enganosas junto a população baiana e demonstra desconhecer a realidade das universidades. As Universidades Estaduais da Bahia sobrevivem com um orçamento restrito e a política do governo petista Jaques Wagner é a cultura do “pires na mão”. Todos os anos, mendigando de terno e gravata, os reitores passam pelas diversas secretarias solicitando liberação de recursos, contratações, pagamento de contas e suplementação orçamentária. Enquanto isso, a responsabilidade social e a população batem nas portas das universidades, exigindo novas vagas, novos cursos, novos campi dada a imensidão territorial da Bahia.
          Para a comunidade acadêmica as conseqüências já começam a ser sentidas, pois se aproxima a possibilidade da perda do semestre. Entretanto, o governo da Bahia não se dispõe a dialogar e as mudanças sugeridas nas propostas são apenas semânticas.  A cada mesa de negociação o governo da Bahia diz uma coisa, dificulta as tentativas de negociação, e nem ao menos mantém a palavra dada perante os acordos.
          A luta é por uma educação pública de qualidade na Bahia, para isto é necessário respeito a autonomia das Universidades, professores e funcionários valorizados em suas condições de trabalho e salários, recursos para a permanência estudantil, manutenção e ampliação da qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão nas Universidades Públicas Estaduais Baianas.
          Professores, alunos e funcionários das universidades estaduais da Bahia ocupam a Assembléia Legislativa do Estado como forma de demonstrar a sociedade baiana e a seus representantes legais a violação da autonomia universitária e o desrespeito aos seus trabalhadores, exigindo do Exmo Sr. Governador da Bahia Jaques Wagner ações para superarmos o sucateamento das universidades estaduais baianas.

*Reginaldo de Souza Silva – Doutor em Educação Brasileira, professor do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Email: reginaldoprof@yahoo.com.br