Enfim o fim. Vencemos uma primeira etapa de nossa vida acadêmica, o I Semestre Letivo do Ano 2009.2, do curso de História da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, pelo Programa de Formação de Professores da Plataforma Freire.
Muita coisa aconteceu nesses sete meses, em que crises existenciais e, por que não dizer, crises intelectuais acompanharam momentos de estudo intenso, profunda reflexão e entusiasmo na dose certa. Foi um grande desafio que, certamente, já está nos rendendo grandes frutos no efetivo exercício em sala de aula.
1. História Antiga I - Nessa disciplina o professor Alexandre nos levou a fazermos uma incursão introdutória aos estudos de história da antiguidade, voltado para a discussão de temas centrais da historiografia e arqueologia desde o aparecimento da civilização ao mundo grego, com textos ou livros completos, ora em português, ora em espanhol, além do Código de Hamurabi. Vimos os pressupostos do estudo da história antiga com ênfase às formações sociais; primitiva, escravista, asiática, egípcia, helênica, romana e a Grécia.
2. História Antiga II - Já com o professor Luiz Otávio, de forma magnífica mergulhamos na Antigüidade clássica em seu processo histórico grego, do Período Homérico ao Arcaico. Assim focalizamos, de maneira especial, a cidade grega como organização material e simbólica, política, econômica, social e cultural, desde a sua formação até a chamada “crise do século IV a.C.”, apontando para as tendências do desenvolvimento ulterior das poleis no mundo helenístico.
3. Sociologia da Educação - O professor Francisco Carlos demonstrou enorme conheci-mento geral da Sociologia. Construiu discussões bem inte-ressantes sobre diversos aspectos que regem nossa sociedade e podem influenciar na forma de abordagem de um professor em sala de aula. Foram assuntos bem amplos, com estudos separados de Marx, Durkheim, Weber, Comte, além de temáticas como Capitalismo, Socialismo, Comu-nismo e o Anarquismo.
Apesar disso, como o próprio nome da disciplina já diz, Sociologia da Educação e não Geral, eu esperava poder estudar as relações existentes entre sociologia e o ensino de história, isto é, as influências da sociologia no pensamento e na prática pedagógica.
Ao mesmo tempo em que esperava poder compreender as relações entre Escola, Sociedade, Estado e Educação, deficiências que me acompanham desde a época em que fiz o curso de Pedagogia, nesta mesma universidade. Pelo visto, vou ter que me virar pra estudar sozinha.
4. Psicologia da Educação - Ana Lúcia Castilhano nos proporcionou o contato com as concepções atuais da Psicologia da Educação e suas abordagens. Dessa forma foi possível enumerar algumas contribuições dessas abordagens para a educação, além de percebermos os pontos de convergência e divergência entre os psicogenéticos os humanistas.
Creio que poderíamos ter avançado muito mais no que diz respeito à construção social do sujeito: concepção de desenvolvimento. Vai ver Freud tem razão quando diz que a Educação é impossível...
5. Pesquisa e Prática Docente - Essa disciplina ministrada pela professora Sheila Cristina se analisada em comparação à ementa apresentada, eu diria que fugiu um pouco dos objetivos propostos e graças a Deus que isso tenha ocorrido.
Além de confrontarmos os conhecimentos teóricos acerca da educação e do ensino, além da articulação e das relações de seus determinantes e estruturantes: homem, sociedade, instituição, planejamento, conteúdos, métodos, recursos e avaliação, problematizados sob a forma de seminários.
6. Introdução aos Estudos Históricos - Essa disciplina ministrada pela professora Isnara, foi o que eu chamaria de “Calcanhar de Aquiles” de todos nós, por duas razões óbvias, e que, acredito que os colegas irão concordar comigo. A primeira razão e extremamente necessária, diz respeito à desconstrução dos nossos conceitos preconcebidos acerca da história.
Tida até então como o relato de fatos passados de forma linear e compartimentados. A segunda razão, e a mais significativa, está relacionada ao desenvolvimento da consciência histórica proporcionado pela disciplina e pela forma como a mesma foi trabalhada.
Desmistificamos o conceito de história discutindo a relação entre o fazer e o contar as histórias, desde os gregos até os momentos iniciais de construção da modernidade, a partir da reflexão e compreensão da evolução da História enquanto ciência, relacionando-a com as diversas formas de conceber, significar e representar a experiência do passado.
7. Ensino de História: teoria e metodologia - Sem dúvida um marco importante na vida de todos nós, a mais rica de todas as aprendizagens nesse primeiro semestre. A disciplina ministrada por Cristina Pina, além de nos proporcionar a discussão e o aprofundamento dos estudos sobre a relação entre o fazer e o contar as histórias, desde os gregos até a escola dos annales, permitiu-nos o estudo dos objetos, das fontes e dos métodos da história e de intervenção do historiador.
Embasamento teórico que culminou na mais rica experiência, a análise do livro didático de História que utilizamos no fazer pedagógico diário.
8. Leitura e Produção Textual - Uma das disciplinas que mais gostei, afinal, não é à toa que gosto tanto de ler e escrever sobre tudo que nos envolve. Nessa disciplina ministrada pela professora Ana Maria, tivemos a oportunidade de aprendermos uma infinidade de coisas relacionadas à leitura e à escrita. Vimos as várias possibilidades de leitura de um texto e importantes considerações sobre a noção de texto, que nos levaram também à compreensão da diferença entre texto e textualidade, coerência e coesão, dentre outro de fundamental importância.
Além das diversas produções escritas, o ponto máximo da disciplina foi a leitura e análise crítica do livro “O que é leitura” de Maria Helena Martins, uma experiência inigualável, recomendo a leitura do mesmo.
4. Psicologia da Educação - Ana Lúcia Castilhano nos proporcionou o contato com as concepções atuais da Psicologia da Educação e suas abordagens. Dessa forma foi possível enumerar algumas contribuições dessas abordagens para a educação, além de percebermos os pontos de convergência e divergência entre os psicogenéticos os humanistas.
O ganho foi nosso, pois tivemos a oportunidade de explorar com mais significado a relação pedagógica no contexto do ensino, subsidiada por diferentes abordagens e tendências pedagógicas, mediante a análise e comentários de filmes alusivos.
Embasamento teórico que culminou na mais rica experiência, a análise do livro didático de História que utilizamos no fazer pedagógico diário.
9. Seminário Temático - Essa disciplina, como o próprio professor Roque Felipe costumar se referir “não existe, “não faz parte do currículo”, portanto não havia razão de ser. Ledo engano, pois tinha ele, mesmo sem o saber e assim o fez, a responsabilidade de transformá-la numa disciplina significativa, proveitosa e bem recebida por todos nós.
Não é de se admirar, portanto, que, em plena tarde de sábado, dela Rita de Cássia, não obteve uma única falta. Assim, foi a partir da disciplina Seminário Temático que germinou a idéia de construção deste Blog, uma iniciativa do professor como parte das avaliações e que me tem proporcionado enorme prazer, compartilhar com todos o meu dia-a-dia na faculdade.
Assim, levando-se em conta de que somos uma turma de alunos, mas também professores em pleno exercício de suas funções, que se desdobram entre o regime de 40 ou mesmo 60 horas, as demais obrigações e as atividades acadêmicas, podemos declarar sem medo de erro que demos um grande passo rumo à conclusão do curso. Uma etapa importante já foi vencida.
O semestre foi bastante produtivo em discussões, elaboração de textos, seminários, provas e muita diversão, o que não pode faltar. Para o próximo semestre, outros desafios nos aguardam, estejamos prontos e que Deus nos abençoe a todos.
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