O Tema aqui abordado é "A mulher no mundo antigo”, tendo como objeto de análise a Série de filmes “Helena de Tróia”, “Tróia” e “A Guerra de Tróia, fatos narrados na obra literária de Homero, a Ilíada.
Os filmes, embora objetivem mostrar a guerra travada entre gregos e troianos, tem como pano de fundo a figura de Helena, rainha espartana, esposa de Menelau rei de Esparta, que foi raptada por Páris, príncipe troiano, fato que desencadeou a guerra que durou, cerca de dez anos.
Consideramos a temática de fundamental importância uma vez que a mulher está presente na literatura greco-romana. A epopéia trata da guerra de Tróia, mas, tem-se Helena como o núcleo da trama da história, a mais bela mulher do mundo. Valorizada pela sua beleza, era uma mulher extremamente sedutora, fatal, vista como símbolo erótico.
O filme peca por não abordar a temática conforme Helena é apresentada na epopéia, embora valorizada segundo a estética, ela dispunha de várias prerrogativas na sociedade espartana, que não ficam, totalmente, evidentes no filme. A exemplo, da grande liberdade que ela possuía: podia opinar na política, fazer ginástica, ir às festas, ir ao mercado e participar do comércio, diferentemente das demais mulheres gregas, caracterizadas pela total submissão ao marido.
Apesar de toda a guerra ter sido travado em função do rapto, de Helena, que por sua vez, era muito disputada entre os homens devido à sua beleza, são poucas as cenas que mostram de fato todas as suas qualidades, a exceção do momento mágico em que ela conhece Páris numa cena de total nudez, enquanto tomava sol no pátio.
O filme dá maior destaque à batalha, propriamente dita, e principalmente ao guerreiro Aquiles. No entanto, ele deixa claro o entendimento de que as mulheres gregas tinham uma importância fundamental para as relações de poder dos reinos gregos, pois os laços matrimoniais consolidavam ou destruíam alianças políticas entre os mesmos, como de fato ocorreu entre os gregos e troianos.
Do mesmo modo, percebe-se discriminação presente na figura da mulher, que está sempre associada à idéia de sujeição, submissão, como objeto de prazer físico do homem e função procriadora, refletindo as marcas da submissão em relação ao homem.
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