quarta-feira, 16 de março de 2011

Um pouco mais da história dos Sioux


Ao estudarmos as diferentes culturas indígenas presentes no continente americano no período, dito ‘pré-colombiano’, a exemplo dos sioux, faz-se necessário valorizarmos o legado cultural dessa sociedade, bem como, destacar a importancia destes para a formação da população americana contemporanea, de modo a superar a visão da homogeneidade, enraizada no senso comum.

Durante o processo de dominação da América do Norte, vários povos indígenas entraram em contato com os colonizadores franceses, espanhóis e ingleses. Entre uma infinidade de culturas instaladas naquela região, damos especial destaque aos índios sioux. A origem do termo tem a ver com a expressão serpente e era o termo costumeiramente utilizado pelas tribos inimigas que conheciam esta intrigante civilização, que se auto-intitulava como dakota. 

A civilização sioux (ou dakota) é bastante diversificada, e ainda se subdivide em outros três grandes grupos: os tétons, yanktons e santees. Dentro de cada uma dessas divisões temos a presença de uma infinidade de tribos entre as quais se destacavam os hunkpapas, os oglalas e brulés. Em geral as tribos pertencentes à civilização sioux se encontravam na atual região nordeste dos Estados Unidos, local marcado pelas pradarias e os rios da bacia do Missouri e do Mississipi. 

As principais atividades econômicas dos sioux giravam em torno da agricultura, onde a plantação de milho possuía expressivo destaque. Além disso, realizavam atividades de caça a animais de grande porte como os búfalos e bisões. A caça desses animais envolvia uma grande preparação capaz de exigir a participação de aldeias inteiras. A carne obtida desse tipo de caça era dividia entre as famílias participantes, os ossos utilizados para o artesanato e fabricação de armas e o couro para a confecção de roupas e tendas.

Os sioux eram aliados dos índios chayennne e tinham os crow como seus mais tradicionais inimigos. Antes da chegada dos colonizadores espanhóis, essa civilização realizava constantes deslocamentos territoriais em busca das manadas selvagens de gado. Com o contato com os colonizadores espanhóis, os sioux passaram a utilizar o cavalo nas atividades de caça e, com isso, sofreram um processo de sedentarização. A partir de então puderam gastar mais tempo na realização de rituais religiosos e mágicos.
A Dança do Sol era um dos mais importantes rituais praticados pelos povos sioux. Nessa cerimônia havia um processo de autoflagelação em que os participantes cravavam estacas pontiagudas na pele, que ficavam presas a um poste de madeira através de uma tira de couro. Depois disso, ficavam várias horas do dia dançando em torno desse poste, até que a pele se desprendesse da estaca. Nesse momento, o ritual alcançava seu ponto máximo com o contato com os seres do mundo espiritual.

Depois do processo de independência dos Estados Unidos, os conflitos entre os colonizadores e os povos sioux aumentaram significativamente. A resistência dessa grande civilização indígena se prolongou até o final do século XIX e marcou o processo de destruição das populações nativas da América do Norte. Atualmente, os remanescentes dos sioux se reduzem a pequenas populações que vivem nos estados de Dakota do Norte e Dakota do Sul.

Objetivando maior aproximação e compreensão da temática, fica como sugestão o Filme A Man Called Horse (br: Um homem chamado cavalo). É um  filme estadunidense de 1970, do gênero western, dirigido por Elliot Silverstein. O roteiro é baseado no conto A Man Called Horse, de 1968, do livro Indian Country de Dorothy M. Johnson.

O filme conta a história de um aristocrata britânico que foi capturado por uma tribo de índios (Sioux no filme, Crow no livro).


  Sinopse

John Morgan, um aristocrata inglês de modos refinados, faz parte de uma expedição em Dacota em 1821, quando é capturado pela tribo dos "Mãos Amarelas", índios da nação Sioux. É inicialmente escravizado e tratado como um animal de carga pelos guerreiros. Depois é colocado para trabalhar com as mulheres da tribo, em seus afazeres domésticos. Com o tempo ele aprende a respeitar a cultura nativa, ao mesmo tempo que seus captores o aceitam como um dos seus. Na tribo há outro homem branco cativo, Batise, que só pensa em escapar. Morgan chega a matar dois selvagens das tribos rivais (e os escalpela) e com isso consegue receber o almejado status de "guerreiro", passando a ser chamado de "Horse" pelos outros. Deseja casar-se com uma índia, mas para isso deve passar por todo o doloroso ritual imposto pelas tradições da tribo.


3 comentários:

  1. eu adorei é muito explicativo eu gosto muito das histórias dos sioux

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  2. Você está de parabéns. o blog está muito organizado, e por sinal você é muito linda.

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